A maiêutica socrática consiste em responde a uma série de perguntas simples, quase ingênuas, porém perspicazes, em busca da verdade.
Sócrates conduzia este “parto” em duas etapas:
- Na primeira, levava o interlocutor a duvidar de seu próprio saber sobre determinado assunto, revelando as contradições presentes em sua atual forma de pensar, normalmente baseadas em valores e preconceitos sociais.
- Na segunda, levava o interlocutor a vislumbrar novos conceitos, novas opiniões sobre o assunto em pauta, estimulando-o a pensar por si mesmo.
Ou seja: a maiêutica primeiro demole, depois ajuda a reconstruir conceitos, transitando do básico ao elaborado, “parindo” noções cada vez mais complexas.
A autorreflexão, expressa no nosce te ipsum — “conhece-te a ti mesmo” — põe o Homem na procura das verdades universais que são o caminho para a prática do bem e da virtude.
A maiêutica, criada por Sócrates no século IV a.C., tem seu nome inspirado na profissão de sua mãe, Fanerete, que era parteira. Sócrates esclarece isso no famoso diálogo Teeteto.
Texto original do diálogo socrático Teeteto – Platão (pdf)
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